Política

440 readers
5 users here now

O espaço para discussão sobre política nacional e internacional.

Regras

founded 1 year ago
MODERATORS
1
 
 

Apostar apenas no crescimento econômico se mostrou insuficiente nos EUA. Não vale arriscar o mesmo no Brasil

2
3
4
 
 

re-publicado de: https://lemmy.eco.br/post/8530048

A métrica que melhor mostra a força dessa continuidade é comparar o número de prefeituras que cada partido venceu com quantas governava na véspera da eleição - e não com as vitórias obtidas em 2020. Isso porque, nos últimos quatro anos, houve muita migração partidária. Assim, comparar apenas os resultados das urnas ao de quatro anos atrás não traz um retrato fiel do desempenho dos partidos.

Por essa ótica, houve muito mais continuidade que mudança. O resultado obtido pelo PSD é ilustrativo dessa diferença. O partido elegeu 654 prefeitos em 2020, e 887 este ano, o que o fez ser visto como o grande vitorioso. Mas, na véspera do pleito, governava 1.040 municípios - logo, perdeu 153 prefeituras (14%). Já o MDB entrou na disputa com 916 prefeituras e saiu com 853, uma perda de 63 municípios. PL e Republicanos tiveram os maiores ganhos, mas menores que os obtidos em 2020. Enquanto isso, o PT tinha 265 prefeituras na véspera da eleição, e conquistou 252.

5
6
 
 

Mais um convite ao debate que uma conclusão bombástica, mas algo para a gente colocar no radar.

7
 
 
8
9
10
11
 
 

As prefeitas eleitas Emília Corrêa (Aracaju-SE), do PL, e Adriane Lopes (Campo Grande-MS), do PP, são as únicas mulheres que estarão à frente das administrações municipais entre todas as capitais brasileiras a partir de 2025. Elas venceram as eleições em segundo turno, neste domingo (27).

Outras seis candidatas chegaram à disputa em segundo turno em capitais: Rose Modesto (em Campo Grande), do União, Natália Bonavides (em Natal), do PT, Janad Valcari (em Palmas), do PL, Maria do Rosário (em Porto Alegre), do PT, Cristina Graeml (em Curitiba), do PMB, e Mariana Carvalho (em Porto Velho), do União. O número representa queda com relação a 2020, quando as candidatas em segundo turno eram 20.

Aumento no número de mulheres No primeiro turno, entre todos os municípios, 724 mulheres foram eleitas, o que representa 13% das cidades que resolveram a disputa em 6 de outubro. Em 2020, foram 663 as cidades que elegeram mulheres (12%).

Ciranda Eleitoral 2024: Como se saíram os parlamentares nas urnas? Em 2020, foram 663 as cidades que elegeram mulheres (12%)

Segundo levantamento da Consultoria-Geral da Câmara dos Deputados, o número de mulheres eleitas (incluindo prefeitas e vereadoras) em 2024 aumentou dois pontos percentuais em relação às eleições de 2020. Elas representam 17,92% dos eleitos este ano. Nas últimas eleições, foram 15,83%. Há quatro anos, das 58 mil vagas de vereador, 9,3 mil (ou 16,13%) foram de mulheres. Em 2024, das 58,3 mil vagas, 10,6 mil (18,24%) foram ocupadas por elas.

2020

No ano de 2020, nenhuma mulher foi eleita nas capitais, enquanto nas cidades com mais de 200 mil habitantes, as elas venceram em oito: Suellen Silva (em Bauru-SP), do Patriota, Raquel Chini (em Praia Grande-SP), do PSDB, Raquel Lyra (em Caruaru-PE), do PSDB, Elisa Gonçalves (em Uberaba-MG), do Solidariedade, Elizabeth Silveira (em Ponta Grossa-PR), do PSD, Marília Campo (em Contagem-MG), do PT, Margarida Salomão (em Juiz de Fora – MG), do PT, e Paula Mascarenhas (em Pelotas-RS), do PSDB.

12
 
 

No próximo domingo (27), eleitores de 52 cidades brasileiras vão às urnas pelo segundo turno das eleições municipais. Em 20 desses municípios, candidatos progressistas, filiados ao PT, PSB, Psol e PDT, estão na corrida pela vaga de prefeito.

A maioria dos candidatos de esquerda e centro-esquerda são do PT, com 13 representantes no segundo turno. Além deles, o PDT possui três candidatos na disputa, Psol e PSB possuem dois cada um. Dos 20 municípios, seis são capitais: Aracaju (SE), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Natal (RN) e São Paulo (SP).

Capitais

Em Aracaju, Luiz Roberto (PDT) enfrenta um cenário complexo contra Emília Correa (PL) e, segundo as pesquisas, deve perder a eleição. A capital sergipana foi a única com mais mulheres do que homens disputando a prefeitura.

Lúdio Cabral (PT), surpresa no segundo turno da corrida eleitoral em Cuiabá, usa a última semana para tentar se aproximar de Abílio Brunini (PL), que lidera a corrida eleitoral no município. A diferença entre os candidatos têm variado entre 4% e 7%. A capital mato-grossense é uma das duas em que PT e PL se enfrentam no segundo turno.

A outra é Fortaleza, onde ocorre a disputa mais imprevisível do país. Na capital cearense, Evandro Leitão (PT) e André Fernandes (PL) aparecem empatados tecnicamente em duas das quatro pesquisas da última semana. Nas outras duas estão exatamente iguais, com o mesmo percentual.

Apesar de Porto Alegre ter vivido a maior enchente de sua história neste ano, durante a gestão de Sebastião Mello (MDB), o porto-alegrense parece disposto a dar mais quatro anos ao atual prefeito. Os levantamentos sobre a corrida eleitoral indicam que o mandatário deve se reeleger com uma margem tranquila no pleito contra Maria do Rosário (PT).

Em Natal, Natália Bonavides (PT) construiu uma das histórias mais impressionantes do primeiro turno, saindo do quarto para o segundo lugar, o que lhe garantiu uma vaga no segundo turno. Porém, Paulinho Freire (UB) lidera o pleito e pode ser consagrado prefeito, de acordo com as pesquisas.

Guilherme Boulos montou uma engenharia de guerrilha para a última semana de eleição em São Paulo. Precisando tirar de 10% a 15% na reta final, o psolista visitará eleitores nas periferias da capital paulista até o dia da eleição. Seu adversário, Ricardo Nunes (MDB), se concentrou em construir uma agenda com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com quem almoçou e deve frequentar um culto.

Demais municípios

Em Anápolis (MA), as pesquisas mostram Marcio Correa (PL) e Antonio Gomide (PT) empatados tecnicamente, com vantagem para o candidato da extrema direita. Já em Camaçari (BA), o cenário é similar, mas com vantagem do petista Luiz Caetano, em relação a Flávio Matos (UB).

Em Caucaia (CE), Waldemir Catanho (PT) aparece com desvantagem de até 32% nas pesquisas e pode perder a prefeitura local para Naumi Amorim (PSD).

Em Olinda (PE), Vinicius Castello (PT), que terminou o primeiro turno na liderança, aparece atrás de Mirella (PSD), que é casada com o atual prefeito do município.

Na região do ABC paulista, berço do PT, desde o começo do segundo turno, José de Fillipe (PT) e Taka Yamauchi (MDB) aparecem empatados tecnicamente em Diadema, com o petista atrás. Assim como em Mauá (SP), onde o prefeito Marcelo Oliveira (PT) também aparece empatado com Atila Jacomussi (UB), que sustenta uma vantagem mínima.

Henrique Paraíso (Republicanos) deve ser confirmado prefeito de Sumaré (SP) no próximo domingo, de acordo com as pesquisas. A vantagem para William Souza (PT) chega a ser de 13%.

Em Niterói (RJ), Rodrigo Neves (PDT) deve impor uma dura derrota ao bolsonarismo, ao vencer Carlos Jordy (PL), representante de primeira fileira da extrema direita, é o que mostram as pesquisas.

Na região Sul, em Pelotas (RS) e Santa Maria (RS) não houve registro de pesquisas para o segundo turno.

Edição: Nicolau Soares

13
 
 
  • Até o primeiro turno, a Justiça Eleitoral julgou pelo menos 159 casos envolvendo o uso de IA na propaganda política;

  • Nordeste responde por mais da metade dos processos sobre o tema no país;

  • Deepfakes criaram falsas notícias de telejornais e simularam políticos confessando atos de corrupção;

  • Em pelo menos duas cidades, tecnologia foi usada para “ressuscitar” padrinhos políticos de candidatos.

Notícias negativas em telejornais de credibilidade, áudios com confissões de crimes e até vídeos de padrinhos políticos que morreram e voltaram do além só para declarar voto — tudo falso.

Nas eleições municipais deste ano, as primeiras após a popularização da inteligência artificial generativa, ferramentas do tipo alimentaram campanhas desinformativas em todo o Brasil, inclusive em municípios de pequeno e médio porte.

Os conteúdos, muitas vezes disseminados por contas anônimas, usam vozes e imagens geradas artificialmente tanto para promover candidaturas como para atacar adversários, como revela levantamento do Aos Fatos em parceria com ICL Notícias e o Clip (Centro Latinoamericano de Investigação Jornalística), com base em decisões da Justiça Eleitoral.

  • Do início do ano até o primeiro turno, no último dia 6, a Justiça Eleitoral publicou decisões sobre ao menos 159 casos envolvendo o uso de IA na propaganda eleitoral;

  • Vídeos publicados no Instagram foram os que mais geraram processos questionando o uso de IA: 132 ações pediam a derrubada de vídeos, dos quais 79 foram compartilhados na plataforma da Meta;

  • Na sequência aparecem o WhatsApp, com 52 vídeos, e o Facebook, com 18 — ambas também plataformas da Meta;

  • TikTok (3) e Telegram (1) completam a lista — um conteúdo pode ter sido publicado em mais de uma plataforma ao mesmo tempo e, por isso, a soma é maior que o total de casos;

  • Nenhuma ação questionou posts no Kwai.

O levantamento foi feito no Diário da Justiça Eletrônico de todos os Tribunais Regionais Eleitorais do país, por meio de palavras-chave. Os dados analisam os pedidos apresentados nas petições iniciais, sem considerar se o uso da IA foi reconhecido ou não pela Justiça.

A maior parte das ações (30) alega que a inteligência artificial teria sido usada para alterar o som dos vídeos — criando uma narração sintética não sinalizada, por exemplo.

Também há 20 processos motivados por fotos que teriam sido criadas artificialmente, além de oito áudios. No caso dos áudios sintéticos, a principal plataforma de difusão foi o WhatsApp.

Nordeste na dianteira

O levantamento mostra que a região Nordeste concentra mais da metade dos processos (81), apesar de ter menos de um terço dos municípios do país. O estado campeão de casos foi o Ceará, com 19 ações, seguido por Pernambuco e Bahia, ambos com 18.

O procurador de Justiça Emmanuel Girão, coordenador do Centro de Apoio Operacional Eleitoral do Ministério Público do Ceará, atribui o grande número de casos à tradição do estado no direito eleitoral, que pode resultar em uma maior judicialização.

Ao analisar os casos encontrados pelo levantamento, Girão classificou o quadro como de baixa gravidade. “Aquele nível de inteligência artificial [mais sofisticado] não chegou aqui”, analisa o procurador.

A avaliação se baseia na constatação de que a maior parte das ações no estado questionam o uso da IA na geração de paródias ou na omissão da informação de emprego da tecnologia — uma exigência da resolução 23.732/2024, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A exceção foi uma deepfake registrada em São Gonçalo do Amarante, município com população de 123 mil habitantes. Um vídeo que circulou no WhatsApp simulou um telejornal local da TV Verdes Mares, afiliada da Globo, para associar o prefeito da cidade a um crime cometido contra um vereador.

Print mostra falsa reportagem da TV Verdes Mares, com um repórter moreno, de barba, camisa azul e microfone na mão em um telão ao fundo e âncora de macacão magenta e cabelo preso no estúdio. No alto, aparece uma sirene e os dizeres ‘Urgente: pré candidato da oposição sobre tentativa de homicídio’, e no pé, a pergunta: ‘motivação política?’

A montagem usava imagens reais, mas alterava o diálogo entre uma âncora e um repórter para noticiar a invasão à casa do candidato a vereador Ednaldo Martins (PDT) e dar a entender que o assalto teria motivação política. Os posts falsos acusavam o atual prefeito da cidade e candidato à reeleição, Marcelo Teles (PT), de envolvimento no caso.

A defesa de Teles entrou com uma ação contra o vídeo, em uma tentativa de identificar o autor da peça, mas o caso foi indeferido por questões processuais, sem que o mérito fosse analisado.

Ao analisar os casos do Ceará, Girão nota que muitas ações sobre IA tiveram sua tramitação prejudicada por dificuldades dos advogados de cidades pequenas em coletar e preservar provas.

O procurador também avalia que, no primeiro turno das eleições, “não houve tanta fake news” no Ceará como em pleitos anteriores. As principais preocupações do MPCE e do TSE no estado neste ano envolvem a ameaça de interferência do crime organizado na disputa.

O uso de perfis apócrifos para disseminar ataques e desinformação gerada por IA foi recorrente nos processos analisados. Embora a Justiça tenha mecanismos para tentar identificar os administradores dessas páginas, o quadro aumenta o desafio de responsabilizar os autores das publicações ilegais.

Em Boca da Mata (AL), município com pouco mais de 20 mil habitantes a cerca de uma hora de Maceió, a defesa do prefeito da cidade, Bruno Feijó (PP), conseguiu derrubar um perfil anônimo que disseminou deepfakes no Instagram, mas ainda não conseguiu identificar o responsável pela campanha.

Uma das peças sintetizava a imagem e a voz do prefeito da cidade e de seu tio, o ex-prefeito Gustavo Feijó, simulando falsas confissões de crimes. Outra montagem alterava os diálogos de um filme de faroeste.

O advogado explica que a qualidade dos vídeos é limitada, mas as montagens têm “algum grau de sofisticação”, sendo capazes de confundir eleitores menos familiarizados com a tecnologia.

Em julho, a Justiça concedeu liminar ordenando que a Meta suspendesse o perfil no Instagram e fornecesse os dados cadastrais do responsável pela conta. A decisão considerou que, além da a legislação eleitoral proibir as deepfakes, os vídeos foram publicados em um perfil anônimo, situação que afastaria o direito à liberdade de expressão.

Segundo Veloso, a plataforma forneceu o telefone que registrou a conta, mas a defesa ainda não conseguiu identificar o administrador do perfil. “Estamos vendo o melhor caminho. Possivelmente vamos ingressar com uma ação criminal por calúnia para que o juiz oficie a operadora [de celular] a fornecer o dado cadastral.”

Veloso considera que a Justiça eleitoral possui mecanismos eficazes para responder em casos como esse, mas acredita que o sistema de combate a esse tipo de desinformação poderia ser aprimorado se houvesse mais transparência e controle por parte das big techs para evitar a proliferação de perfis falsos usados para práticas ilícitas.

Intervenção do além

Em pelo menos duas cidades, candidatos usaram a IA para “ressuscitar” padrinhos políticos mortos, o que gerou questionamento de seus concorrentes na Justiça Eleitoral.

“Foi realmente algo bem inédito para mim como advogada. A gente jamais imaginou que a candidata ia trazer a memória do seu pai através do uso da deepfake”, conta Iracema Souza, advogada especializada em direito público e responsável por uma ação sobre o tema na Bahia.

Print dos stories do perfil de Lurdineia Almeida Guimarães no Instagram mostra diversas pessoas de roupas vermelhas, sentadas em cadeiras brancas com pés de ferro em um chão de cimento. No fundo, há um telão com a foto de um homem idoso e o desenho de um microfone. No pé da imagem, o texto: ‘Zé Branco, meu saudoso pai.’

O caso ocorreu em Andorinha (BA), cidade com cerca de 15 mil habitantes. Em evento no dia 4 de agosto, a então pré-candidata a prefeita Lurdineia Almeida Guimarães (PT) exibiu em um telão um áudio que simulava a voz de seu pai, o ex-prefeito da cidade José Rodrigues Guimarães Filho, que morreu em janeiro de 2022.

“Que cada cidadão andorinhense possa te abraçar fortemente, minha querida filha, e quem sabe, assim, você sinta meu abraço. Aos meus outros filhos, sigam apoiando sua irmã. Todos vocês enchem o meu coração de orgulho”, discursa a voz gerada por IA em apoio à candidatura da petista, que não se elegeu.

A cena foi transmitida também pelo Instagram.

Na mensagem, o ex-prefeito, conhecido como Zé Branco, menciona o nome do candidato a vice da chapa de sua filha — informação que, segundo a advogada, não poderia ter tido em vida, já que a chapa não havia sido definida.

O vídeo foi levado à Justiça pelo diretório municipal do MDB. O Ministério Público deu parecer pela procedência da ação, considerando que houve uso indevido de IA. Uma liminar determinou a remoção do post, mas no julgamento do mérito o caso foi encerrado, porque a Justiça não reconheceu a legitimidade do partido para entrar com ação.

A resolução do TSE que proíbe as deepfakes veta explicitamente não apenas a simulação de imagem ou voz de pessoas vivas, mas também de falecidas ou fictícias. Aos Fatos procurou Lurdineia Guimarães pelo Facebook, mas não teve retorno.

Já em Uberlândia (MG), a Justiça determinou a derrubada de uma deepfake divulgada pelo candidato a prefeito Leonídio Bouças (PSDB) que mostrava seu postulante a vice, Gustavo Galassi (Republicanos), dando um abraço em seu falecido avô, o ex-prefeito de Uberlândia Virgílio Galassi.

Colaboraram Amanda Prado e Juliana Dal Piva.

O caminho da apuração Esta reportagem foi produzida com auxílio de inteligência artificial: foi criado um robô para fazer o download dos Diários da Justiça eletrônicos de todos os Tribunais Regionais Eleitorais, a partir de palavras-chave definidas previamente pelos jornalistas. O mecanismo extraiu o texto dos PDFs e identificou decisões que poderiam ter relação com a IA, informando a página em que se encontravam as palavras-chaves.

O levantamento gerou uma tabela, que passou por revisão manual, para descartar falsos positivos. Os processos restantes foram analisados pela reportagem. Também procuramos advogados envolvidos nos casos e o MPCE para obter mais detalhes e avaliar os resultados do levantamento.

14
 
 

No próximo domingo (27), acontece o segundo turno das eleições municipais de 2024 e eleitores de 15 capitais brasileiras irão às urnas para escolher quem será o prefeito de suas cidades nos próximos quatro anos.

Progressistas estão envolvidos na disputa em apenas cinco capitais: São Paulo (SP), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Foraleza (CE) e Cuiabá (MT). Nas demais, o cenário é dominado por partidos da direita ou extrema direita, em especial do chamado "centrão".

O Brasil de Fato fez um levantamento sobre as pesquisas divulgadas nesta semana nas 15 capitais, pelos insitutos Quaest, Datafolha, AtlasIntel, Paraná Pesquisas e Real Time Big Data. Apenas em Porto Velho (RO) não houve registro de pesquisa.

Confira o cenário:

São Paulo (SP)

Das corridas eleitorais pelas prefeituras de capitais protagonizadas por candidaturas progressistas, São Paulo é a que tem recebido maior atenção da opinião pública. As pesquisas para segundo turno divulgadas até o momento indicam a vitória do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) sobre Guilherme Boulos (Psol).

Apesar do apagão que mais uma vez tomou conta de São Paulo no dia 12 de outubro deste ano, o eleitor parece disposto a reeleger Nunes. Pesquisa da Quaest divulgada na última quarta-feira (16) mostra o atual prefeito com 45% das intenções de voto, contra 33% de Boulos.

No dia seguinte, quinta-feira (17), o Datafolha mostrou uma queda de Nunes, em relação à pesquisa do instituto de 10 de outubro. No primeiro levantamento, o prefeito somava 55%. No segundo, 51%. Em ambos, Boulos aparece com 33%.

Fortaleza (CE)

Em Fortaleza, uma das duas capitais em que PT e PL se enfrentam, o resultado é imprevisível. As três pesquisas com projeção para o segundo turno, divulgadas por Real Time Big Data, AtlasIntel e Paraná Pesquisas, mostram André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT) empatados tecnicamente.

No levantamento da Real Time Big Data, Leitão e Fernandes somam os mesmos 45%. Na pesquisa da AtlasIntel e Paraná Pesquisas, vantagem pequena para o candidato do PL, dentro da margem de erro: 47% x 44% e 48 x 43, respectivamente.

Cuiabá (MT)

Na capital do Mato Grosso, ocorre o segundo enfrentamento direto entre PT e PL. Nas duas pesquisas divulgadas na semana passada, por AtlasIntel e Quaest, o cenário é de absoluto equilíbrio, com vantagem discreta para Abílio Brunini (PL), em relação a Lúdio Cabral (PT).

No levantamento da AtlasIntel, Brunini soma 52,4% das intenções de voto e Cabral tem 45,6%. A pesquisa da Quaest, divulgada dois dias depois, traz o candidato do PL com um índice mais baixo, 44%, e o petista mais próximo da liderança, com 41%.

Natal (RN)

Em Natal (RN), Natália Bonavides (PT) segue em ascensão. Ela chegou a aparecer em quarto lugar nas pesquisas para a prefeitura local no primeiro turno e conseguiu chegar em segundo, forçando a realização do segundo turno contra Paulinho Freire (UB).

Agora, Freire aparece com vantagem, segundo as pesquisas da AtlasIntel, Quaest e Paraná Pesquisas. Nos três levantamentos, o candidato do União Brasil soma 52%, 45% e 50%, respectivamente.

Bonavides, que alcançou 28,45% dos votos no primeiro turno, deve ter um importante crescimento no segundo turno, segundo as mesmas pesquisas. No levantamento da AtlasIntel, a petista soma 45%; na Quaest, 39%; e no Paraná Pesquisas, 38%.

Porto Alegre (RS)

Maria do Rosário (PT) enfrenta um cenário complexo em Porto Alegre. Seu adversário, o atual prefeito Sebastião Mello (MDB), terminou o primeiro turno com 49,7% dos votos. Índice que quase evitou o segundo turno.

As pesquisas até aqui indicam que, no dia 27 de outubro, os porto-alegrenses devem reeleger Mello. No levantamento da Quaest, o atual prefeito soma 52% das intenções de voto, contra 30% de Rosário. Dados similares ao levantamento da Real Time Big Data, que coloca o candidato do MDB à frente, com 53%, contra 43% da petista.

Por fim, a Paraná Pesquisas confirmou a tendência das outras duas pesquisas e cravou a reeleição de Mello com 56% das intenções de voto. Rosário, foi citada por 33% dos entrevistados.

Belo Horizonte (MG)

Na capital mineira, não há candidaturas de partidos à esquerda, mas o voto progressista pode dar a vitória ao atual prefeito, Fuad Noman (PSD). Com a ausência de Duda Salabert (PDT) e Rogério Correa (PT) no segundo turno, os esquerdistas se uniram para tentar evitar a consagração do bolsonarista Bruno Engler (PL).

Dos três levantamentos da última semana, dois indicam empate técnico entre Engler e Noman. A Paraná Pesquisas mostra o candidato do PL com 45% das intenções de voto, contra 44% do atual prefeito.

Na pesquisa da Real Time Big Data, Engler soma 46% e Noman, logo atrás, está com 45%. Somente no levantamento da Quaest há uma diferença em favor do bolsonarista, que tem 46%. O candidato do PSD soma apenas 37%.

Belém (PA)

Candidato apoiado pela família Barbalho, Igor Normando (MDB) aparece 25 pontos à frente de Éder Mauro (PL), na corrida eleitoral pela prefeitura de Belém.

Levantamento da Real Time Big Data mostra Normando com 60% das intenções de voto, contra apenas 35% de Mauro, candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Aracaju (SE)

A bolsonarista Emília Correa (PL) pode vencer a disputa pela prefeitura de Aracaju no próximo domingo. É o que mostra a pesquisa da Paraná Pesquisas, que a coloca na liderança, com 53% das intenções de voto, contra 36% de seu adversário, Luiz Roberto (PDT).

Campo Grande (MS)

Duas mulheres duelam pela prefeitura da capital do Mato Grosso do Sul. Adriane Lopes (PP) aparece à frente, com uma tímida vantagem, deixando para trás Rose Modesto (UB), que liderou a disputa durante todo o ano.

No levantamento da Paraná Pesquisas, Lopes soma 48% das intenções de voto, contra 41% de Modesto. Na Quaest, mais uma vantagem da candidata do PP, que soma 42%, contra 38% de sua adversária.

Curitiba (PR)

Eduardo Pimentel (PSB) parece que conseguirá segurar o ímpeto de Cristina Graeml (PMB), candidata da extrema direita curitibana que foi a grande surpresa do primeiro turno na capital paranaense.

Levantamento da AltasIntel mostra Pimentel à frente, com 49% das intenções de voto. Graeml soma 44%.

Goiânia (GO)

Surpresa no segundo turno, Fred Rodrigues (PL) parece sucumbir à influência política do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), padrinho da candidatura de seu adversário, Sandro Mabel (UB).

Os levantamentos divulgados nesta semana, sobre a corrida eleitoral pela prefeitura de Goiânia mostram Mabel com vantagem discreta. Na pesquisa da AtlasIntel, o candidato de Caiado soma 51%, contra 45% de seu adversário, empatados no limite da margem de erro.

Na pesquisa da Real Time Big Data, mais um empate técnico. Mabel soma 50% da intenções de voto, e Rodrigues, 45%.

João Pessoa (PB)

Favorito para vencer a eleição pela Prefeitura de João Pessoa ainda no primeiro turno, Cícero Lucena (PP) tem vida confortável no segundo. A pesquisa da Quaest divulgada nesta semana o coloca com 58% das intenções de voto, 27 pontos à frente de seu adversário, Marcelo Queiroga (PL), que soma 31%.

Manaus (AM)

A pesquisa da AtlasIntel mostra um equilíbrio absoluto entre Alberto Neto (PL) e o atual prefeito David Almeida (Avante), que somam 49% e 48% das intenções de voto, respectivamente, na corrida eleitoral pela prefeitura amazonense.

Palmas (TO)

Após liderar a corrida eleitoral desde o princípio, Janad Valcari (PL) aparece atrás de Eduardo Siqueira (Podemos) nos dois levantamentos divulgados nesta semana, por Quaest e Paraná Pesquisas.

Em ambas pesquisas, o empate técnico está estabelecido. Porém, Siqueira construiu uma miníma vantagem. No levantamento da Quaest, o candidato do Podemos soma 47%, contra 43% de Valcari.

No levantamento da Paraná Pesquisas, Siqueira aparece com os mesmos 47%, mas Valcari sobe 1%, chegando em 44%.

Edição: Nicolau Soares

15
 
 

Redação Brasil 247, 15 de outubro de 2024, 13:51h

Jair Bolsonaro (PL) revelou a aliados que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o principal nome do campo da extrema direita para as eleições presidenciais de 2026. Interlocutores e aliados ouvidos pelo jornal O Globo, porém, destacam que, embora Bolsonaro reconheça a preferência por Tarcísio, o ex-mandatário tem enfatizado que, caso o governador deseje disputar a Presidência da República, precisará "ir até ele" para obter o seu aval.

Segundo esses interlocutores, o posicionamento visa reafirmar a influência do ex-mandatário sobre o cenário político, mesmo após ser declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao afirmar que Tarcísio deve buscar uma aliança com o PL, Bolsonaro não só descarta outros possíveis candidatos, como o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), como também demonstra sua intenção de manter o controle sobre os rumos da direita e extrema direita nas próximas eleições.

Ainda segundo a reportagem, Bolsonaro também já admite a possibilidade de apoiar Tarcísio mesmo que ele não se filie ao PL, quebrando a expectativa anterior de que a mudança de partido seria uma condição para sua candidatura. Tarcísio havia expressado interesse em se filiar ao PL após as eleições municipais, mas, segundo fontes próximas, sua posição mudou, influenciada pelos conflitos internos dentro do partido e pelo fortalecimento do deputado Hugo Motta (Republicanos) na Câmara dos Deputados.

Por outro lado, a relação entre Tarcísio e a direita bolsonarista já é considerada suficientemente sólida, segundo as partes envolvidas, para que sua candidatura possa ocorrer mesmo sem a filiação ao PL. Entre as expectativas, há a crença de que o Republicanos poderia abrir mão do ministério que detém no governo Lula para unir forças com os bolsonaristas na montagem de uma chapa mais próxima das eleições.

Vale lembrar que Bolsonaro foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à inelegibilidade em decorrência de abuso de poder político, relacionado a declarações sobre as urnas eletrônicas. Com isso, ele não poderá concorrer a cargos públicos até 2030, o que faz com que outros nomes da direita busquem espaço, embora o apoio de Bolsonaro seja considerado fundamental neste processo.

Enquanto isso, outros possíveis candidatos ligados à direita, como Ronaldo Caiado e Romeu Zema, estão em baixa no radar de Bolsonaro. Caiado, que havia manifestado interesse em concorrer à presidência com o respaldo de Bolsonaro, tem sido alvo de críticas constantes do ex-mandatário, especialmente em suas tentativas de reeleger o prefeito de Goiânia, Fred Rodrigues (PL).

Bolsonaro não poupou palavras ao se referir a Caiado, chamando-o de "covarde" devido às medidas restritivas implementadas durante a pandemia de Covid-19 e referindo-se a ele como “rosnador” em eventos recentes, afirmando que ele não "honra a própria palavra". Em relação a Zema, Bolsonaro expressou descontentamento com suas alianças, o que também contribuiu para seu afastamento.

vem ai o novo rei do gado pelo jeito

eai, vcs acham q o tarcisio vai dominar o bolsonaro? ele é mt bom politico né, o q é infeliz pra nós, mas ele é bom de costurar suas alianças e convencer a burguesia, mas é mt sem carisma né (nao q o bolsonaro seja rei nisso tbm né kkk)

16
 
 

O influenciador Pablo Marçal (PRTB), que ficou fora do segundo turno das eleições municipais em São Paulo com 28% dos votos, disse nesta terça-feira (8) que não apoiará a reeleição de Ricardo Nunes (MDB). O prefeito já afirmou não querer seu endosso e que não o aceitaria em seu palanque.

Marçal disse que só apoiaria o emedebista se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), a quem voltou a chamar pejorativamente de "goiabinha", o próprio Nunes, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e o pastor Silas Malafaia se retratassem a respeito do que ele diz serem "mentiras" que falaram sobre ele. Afirmou que isso não deve ocorrer, porém, por orgulho dos envolvidos.

O autodenominado ex-coach disse ainda acreditar que o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) vencerá as eleições com a ajuda de cerca de metade de seus eleitores.

Marçal afirmou ter muitos apoiadores nas periferias e que mais de 45% de seus votos são de pessoas que não são de direita, em seis regiões onde o presidente Lula (PT) venceu em 2022.

"Eu não indo para lado nenhum e liberando meu eleitorado, 45% dos meus votos o Lula com humildade vai tomar de volta", disse. "Tenho certeza que ele [Boulos] vence. Ele sabe sinalizar com o povo e o Ricardo não sabe, Boulos e Lula têm a língua do povo, os outros [estão] só brigando."

Marçal disse que o segundo turno deveria ser disputado com Nunes, mas que as figuras de direita citadas por ele o tiraram da disputa ao atacá-lo e por isso serão responsáveis pela vitória de Boulos.

O atual prefeito, por outro lado, disse antes do pronunciamento do influenciador que desconhecia um possível apoio e que não recebeu contato dele a respeito disso. "Mas não vai ser para o Boulos, né", brincou ao falar com jornalistas.

Nunes já havia declarado que não quer Marçal em seu palanque, mas que pretende conquistar os eleitores dele, inclusive com reforço em propostas sobre empreendedorismo.

"Tem dois principais perfis do eleitor do Marçal. Um é ser de direita. Naturalmente, esse eleitor vai vir comigo. O outro é um eleitor que viu nele essa questão de empreendedorismo, da prosperidade. Reconheço que é algo que eu preciso reforçar e vou reforçar", disse Nunes.

Ainda, o influenciador afirmou que Tarcísio ligou para Filipe Sabará, que trabalhou em seu governo e migrou para a campanha de Marçal, buscando aparar as arestas com o influenciador. "Queria abrir meu coração para ver se eu caía em conversa fiada (…) Tarcísio, sua ligação não surtiu efeito", disse.

Marçal voltou a afirmar que em 2026 concorrerá à Presidência ou ao Governo de São Paulo —as duas principais possibilidades de cargos que podem ser disputados por Tarcísio.

Ele afirmou ainda que Tarcísio não será presidente porque atrapalhou seu projeto e "agora vai amargar". "Você traiu o povo paulistano e foi um canalha comigo", disse. Marçal disse também que o governador ainda "vai dar um pé na bunda" de Bolsonaro.

O influenciador afastou a possibilidade de se tornar inelegível, afirmando que fará o possível para evitar este quadro. Como mostrou a Folha, Marçal responde a ao menos nove ações eleitorais.

O autodenominado ex-coach disse ainda que o laudo falsificado que publicou contra Boulos, tentando associá-lo ao consumo de cocaína, foi publicado "na maior boa fé". Questionado, então, sobre quem teria enviado o documento à campanha, Marçal não respondeu, afirmando que seu advogado sabe. O influenciador tem responsabilizado seu advogado, Tassio Renam, pela publicação do laudo.

Marçal falou com a imprensa na porta de sua empresa em Alphaville, em Barueri (SP), onde chegou dirigindo uma Ferrari. Depois, seguiu para uma palestra sobre as eleições e o cenário político, para a qual cobrou R$ 97 dos participantes.

bem curioso, tenho uma teoria q a burguesia brasileira está fracionada em 3 partes, uma reacionária, uma liberal e outra progressista:

  • progressista no sentido de Marx, de desenvolvimento de forças produtivas (como a nova burguesia do Funk, setores de tecnologia, e outros), e q adotam uma postura as vezes até de aderir a determinadas pautas sociais de forma liberal, como "mais pessoas negras nas empresas", igualdade salarial de genero, e afins. Magazine Luiza, XP, Nubank, GR6, uma glr q circula esse meio.
  • liberal, q seria um setor mt mais pragmatico, não costuma aparecer mt, procura mais garantir sua mamata no estado (lobby, financiando campanhas). Caso dos bancões, acho q é o setor mais poderoso q tem.
  • reacionária, q ganhou mt espaço no estado burguês de forma evidente, representada pela Frente Parlamentar ~~pelo Agronegócio~~ pela Agricultura (FPA), a bancada do boi, da bala, neopentecostal, etc. É uma glr q quer basicamente escravizar a classe trabalhadora e manter o sistema agropecuário mt bem servido, e por ser mt forte tende a puxar aliança com o setor liberal.

enfim, entendo eu q um candidato como o Boulos representaria mais essa ala progressista da burguesia (não nos enganemos, o Boulos é candidato a gerenciar o estado burgues), só q o marçal, apesar de estar inserido em meios da burguesia reacionaria (ele é bem relacionado com latifundiarios de varias partes do Brasil) tbm tem relações com essa burguesia progressista (tem mt gente do setor de tech q apoia ele, por exemplo), então entendo q essa declaração dele tbm iria de acordo com quem ele está representando, uma glr q tem mais relacionado ao Boulos (!) do q com o Nunes. Curioso não?

17
3
ELEIÇÕES 2024 (libranet.de)
submitted 1 month ago* (last edited 1 month ago) by [email protected] to c/[email protected]
 
 

ELEIÇÕES 2024
Confira o resultado das eleições nas cinco cidades com segundo turno no RS
A contagem de votos chegou ao fim com a definição de cenários para o segundo turno nas principais cidades do estado
Clara Aguiar
Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) | 06 de outubro de 2024 às 20:17

A contagem de votos das eleições municipais de 2024 no Rio Grande do Sul chegou ao fim com a confirmação de disputa de segundo turno em todas as cinco cidades aptas para ter o segundo pleito, no dia 27 de outubro.

Porto Alegre, Caxias do Sul, Canoas, Pelotas e Santa Maria possuem mais de 200 mil eleitores cadastrados junto ao Tribubnal Superior Eleitoral (TSE).

Confira como ficam as disputas nas cidades:

Porto Alegre

Em Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB) ficou à frente no primeiro turno com 49,72% dos votos e disputará o segundo turno contra Maria do Rosário (PT), que somou 26,27%.

Caxias do Sul

Segundo maior colégio eleitoral do estado, Caxias do Sul terá segundo turno com Maurício Scalco (PL) e Adiló Didomenico (PSDB) disputando a preferência dos eleitores. Scalco liderou com 38,07% dos votos, enquanto Didomenico ficou em segundo lugar com 27,55%.

Canoas

Em Canoas, a maior cidade da Região Metropolitana depois de Porto Alegre e terceiro maior colégio eleitoral do estado, com 347.657 habitantes, dos quais 259.585 são eleitores, Airton Souza (PL) obteve 35,27% dos votos, garantindo vaga no segundo turno. O candidato enfrentará Jairo Jorge (PSD), que recebeu 29,62% dos votos.

Pelotas

Na cidade de Pelotas, quarto maior colégio eleitoral do Rio Grande do Sul, Fernando Marroni (PT) avançou para o segundo turno após conquistar 40,04% dos votos. Marciano Perondi (PL) será seu oponente, tendo alcançado 31% da preferência do eleitorado.

Santa Maria

Em Santa Maria, quinto maior colégio eleitoral do estado, Valdeci Oliveira (PT) e Rodrigo Decimo (PSDB) se enfrentarão no segundo turno. O primeiro colocado teve 40,63% dos votos, enquanto o segundo obteve 25,86%.

Edição: Marcelo Ferreira

brasildefators.com.br/2024/10/…

@politica

#Noticias #Politica #Eleições2024

18
2
ELEIÇÕES 2024 (libranet.de)
submitted 1 month ago* (last edited 1 month ago) by [email protected] to c/[email protected]
 
 

ELEIÇÕES 2024
Segundo turno em Curitiba terá disputa entre Cristina Graeml (PMB) e Eduardo Pimentel (PSD)
Ambos candidatos estiveram envolvidos em denúncias na reta final de campanha
Redação Paraná
Paraná | 06 de outubro de 2024 às 20:16

Considerada a surpresa das eleições na capital do Paraná, a candidata do Partido da Mulher Brasileira (PMB), Cristina Graeml nas últimas semanas avançou nas pesquisas e conseguiu chegar ao segundo turno com 31,17% dos votos contra 33,5% do candidato Eduardo Pimentel (PSD), vice prefeito de Curitiba.

Apesar de muitas análises políticas e pesquisas sobre comportamento político nas redes sociais terem indicado há algumas semanas atrás que a candidata que se auto-proclamou “a única candidata da direita” estaria crescendo em número de votos, as campanhas dos candidatos Eduardo Pimentel e Luciano Ducci que apareciam como os favoritos nas pesquisas começaram a dar atenção à candidata apenas na última semana.

Na última pesquisa do Instituto Quaest, divulgado no sábado, 5 de outubro, ela apareceu empatada tecnicamente com Pimentel, líder com 26% das intenções de voto, enquanto ela registrava 21%. Porém, nas primeiras pesquisas do mês de setembro ela aparecia com 5% das intenções de votos.

Apoio de Bolsonaro aos dois candidatos

Durante toda a campanha, Graeml dizia ser a candidata de Bolsonaro e que ele iria divulgar o apoio em vídeo. Porém, quem recebeu este apoio foi o candidato da situação, Eduardo Pimentel, que divulgou vídeo de um encontro seu com o ex presidente e o atual governador do Paraná, Ratinho Jr.

No entanto, com o avanço de Graeml nas pesquisas, na noite que antecedeu as eleições deste domingo, Cristina divulgou em suas redes um vídeo em que o ex presidente diz que apoia sua candidatura. Além de Bolsonaro, ela também divulgou vídeo com depoimento de apoio do candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal.

O resultado das eleições seguem com Luciano Ducci (PSB), com 19,44%; Ney Leprevost (União), com 6,49%; Luizão Goulart (Solidariedade), com 4,41%; Maria Victoria (PP), com 2,19%; Roberto Requião (Mobiliza), com 1,83%; Professora Andrea Caldas (Psol), com 0,86%; Samuel de Mattos (PSTU), com 0,06%%; e Felipe Bombardelli (PCO), com 0,04%.

Em suas redes sociais, Luciano Ducci, candidato apoiado pelo presidente Lula, favorito nas pesquisas até duas semanas atrás, agradeceu o apoio de todos e especialmente do seu vice, o deputado estadual Goura, e disse que fiscalizará e cobrará a efetivação das propostas feitas por quem se eleger no segundo turno.

Cristina: trajetória marcada de controvérsias

Conhecida por sua posições bolsonaristas sobre questões como segurança pública e educação, Graeml defende propostas que incluem educação financeira desde o ensino infantil e um programa de austeridade nos gastos públicos. A candidata chegou até colocar as vacinas contra a covid-19 em dúvida.

O vice na chapa de Graeml, Jairo Ferreira Filho, também é envolvido em controvérsias, só que na justiça. Em um processo judicial em 2019, ele é acusado de vender o mesmo terreno duas vezes na zona rural de Cascavel. O caso, resolvido por meio de um acordo judicial, trouxe à tona questões sobre a integridade de sua chapa, algo que a própria Cristina tem evitado comentar diretamente em debates e entrevistas.

A ascensão de Cristina Graeml representa uma mudança significativa no cenário eleitoral de Curitiba, que historicamente oscilou entre candidatos de centro-direita e centro-esquerda. Seu discurso polarizador e sua defesa de políticas de extrema direita estão moldando a narrativa da eleição e podem influenciar diretamente o segundo turno, caso se confirme sua passagem à próxima fase da disputa.

Pimentel: Crise na reta final

Na reta final da eleição municipal, uma bomba preocupou a equipe de Eduardo Pimentel (PSD). Um áudio atribuído ao superintendente de Tecnologia da Informação da Secretaria da Administração, Antonio Carlos Pires Rebello, obrigava os servidores públicos e comissionados a praticarem uma suposta “rachadinha eleitoral”.

Os servidores tiveram que comprar ingressos para um jantar do PSD estadual em valores que chegam a R$ 3 mil. Diante da revelação, o Ministério Público do Trabalho (MPT) mandou a campanha de Pimentel devolver o dinheiro dos servidores.

A prefeitura de Curitiba demitiu o funcionário flagrado e Pimentel, que lidera as pesquisas, disse em suas redes sociais que não tinha nada a ver com a situação.

Edição: Ana Carolina Caldas

brasildefatopr.com.br/2024/10/…

@politica

#Noticias #Eleições2024 #Politica

19
 
 

Eleições 2024
Nunes e Boulos deixam Marçal para trás e vão disputar o segundo turno em São Paulo
Atual prefeito teve 29,48% dos votos válidos, e candidato do Psol chegou a 29,07%; Pablo Marçal ficou de fora com 28,14%
Redação
Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 06 de outubro de 2024 às 19:56

atualizado em as 22h52

A disputa para a prefeitura de São Paulo terá segundo turno entre os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol). A definição foi confirmada por volta das 21h. Com mais de 99% das urnas apuradas, Nunes contabilizou 29,48% dos votos válidos. O candidato do Psol ficou em segundo lugar com 29,07% da preferência dos eleitores.

O ex-coach Pablo Marçal deixou a disputa para o segundo turno indefinida na maior parte da apuração, mas, com 28,14% dos votos válidos, não avançou na corrida para a prefeitura de São Paulo.

Com o cenário eleitoral já definido, Tabata Amaral (PSB) tinha 9,91%; José Luiz Datena (PSDB), 1,84%; Marina Helena (Novo), 1,38%; Ricardo Senese (UP), 0,09%; Altino Prazeres (PSTU), 0,05%; e João Pimenta (PCO), 0,02%;

Apoio de Tabata

Após a confirmação do resultado, a candidata Tabata Amaral (PSB), que obteve 9,91% dos votos, declarou apoio ao candidato psolista.

"Eu vou votar em Guilherme Boulos [no segundo turno]. Porque eu não consigo e não conseguiria jamais colocar o meu voto em um projeto liderado por Ricardo Nunes. Mas saibam, eu e Guilherme Boulos representamos projetos absolutamente diferentes para São Paulo e para o Brasil", afirmou a deputada federal.

PSDB recomenda voto em Nunes

O PSDB, partido de José Luiz Datena, recomendou voto em Nunes do segundo turno. "O PSDB rejeita os extremos e a radicalização. Em São Paulo, o partido recomendará o voto em Ricardo Nunes, do MDB, no segundo turno, contra o lulopetismo por uma questão de coerência ideológica histórica", informou em nota.

José Luiz Datena, candidato do partido na disputa, obteve 1,83% dos votos válidos, e terminou a eleição em quinto lugar.

Maior exposição

No segundo turno em São Paulo, o eleitorado terá que escolher entre projetos políticos antagônicos: Nunes alinhado à extrema-direita de Jair Bolsonaro (PL) e Boulos à esquerda, com apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Até 27 de outubro, quando os eleitores irão novamente às urnas, os candidatos terão tempo igual de exposição em emissoras de rádio e televisão e também terão oportunidade de confrontar ideias e propostas diretamente.

O psolista possui mais experiência nesse enfrentamento eleitoral para o Executivo. Apesar de não ter ganhado em 2020, na disputa com Bruno Covas (PSDB), Boulos acumula experiências em campanhas majoritárias, inclusive à Presidência da República em 2018. Na campanha para prefeitura, em 2020, Boulos alcançou pouco mais de 40% dos votos válidos no segundo turno. Em 2022, para deputado federal, ele foi o mais votado no estado, com 1 milhão de votos.

Já Nunes nunca disputou uma eleição para o Executivo como cabeça de chapa. Ele era vice-prefeito de São Paulo e assumiu o cargo após cinco meses do início do mandato de Covas, que morreu, em 2021 em decorrência de um câncer no sistema digestivo. De 2012 a 2020, o emedebista ocupou uma vaga na Câmara de Vereadores. Nunes é dono de uma empresa de dedetização e controle de pragas, a Nikkey.

Durante o primeiro turno, Nunes esteve envolvido em discussões públicas acaloradas com Pablo Marçal, especialmente quando era questionado sobre o inquérito chamado de "máfia das creches", que investiga desvios em contratos com Associação Amigo da Criança e do Adolescente (Acria). A suspeita da Polícia Federal é que Nunes tenha recebido repasses ilegais por meio de uma empresa "noteira" – que emite notas sem prestar serviços – que cuidava da contabilidade de algumas organizações sociais conveniadas pela prefeitura para administrar creches. O tema deve se manter no debate eleitoral.

Guilherme Boulos, que é professor de formação e integra a coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), exerce mandato como deputado federal. Ele terá que demonstrar ao paulistano a capacidade de gerir a maior metrópole do Brasil, que além de ter o maior orçamento, tem desafios que refletem o seu tamanho.

Edição: Thalita Pires

brasildefato.com.br/2024/10/06…

@politica

#Eleições #Eleições2024 #Politica

20
 
 

Uma família proprietária de uma das maiores imobiliárias de São Paulo doou em peso para a candidatura à reeleição do atual prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB).

Segundo dados do TSE, ao menos seis membros da família Salomone, dona da imobiliária Savoy, doaram R$ 50 mil cada, totalizando R$ 300 mil em doações para a campanha de Nunes.

Os doadores foram: Hugo André Salomone, Ana Stella Amaral Salomone, Hugo César Salomone, Lúcio Salomone Júnior, Renata Carvalho Salomone e Humberto Salomone Neto.

No total, Nunes recebeu R$ 540 mil em doações de pessoas físicas até a sexta-feira (4/10). Dessa forma, a família Salomone é a maior doadora da campanha do prefeito, excluindo o fundo eleitoral da coligação de Nunes.

A Savoy é a atual proprietária, por exemplo, do Conjunto Nacional, o shopping mais conhecido da Avenida Paulista. Ela também possui o Shopping Aricanduva e o Shopping Interlagos, além de diversos escritórios e armazéns.

Além de Nunes, os últimos dois prefeitos da capital receberam doações da família em suas respectivas eleições. Bruno Covas (PSDB) ganhou R$ 150 mil em 2020 de Hugo Enéas Salomone, patriarca da família.

interessante q é uma fml burguesa q já tem tradição ai de patrocinar os candidatos conservadores né, bom saber os nomes

21
 
 

O primeiro turno das eleições municipais de 2024 ocorre neste domingo (6) em todo país. Em Goiânia, mais de 1 milhão de eleitores estão aptos a votar em um dos sete candidatos a prefeito. A população também irá escolher um representante para a câmara municipal. Confira abaixo, por ordem alfabética, os números que poderão ser digitados na urna eletrônica para escolher o próximo prefeito.

Para saber os números dos candidatos a vereador, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza o site DivulgaCandContas. Na plataforma, o eleitor deve procurar pela região do país, marcar o estado e, depois, a cidade. Em seguida, basta escolher o cargo “Vereador” e estará disponível a lista com o nome e o número de todos os candidatos. Em Goiânia, são 690 concorrentes para 39 vagas na câmara municipal.

Na hora de registrar o voto na urna em um dos 353 locais de votação de Goiânia, primeiro deve-se digitar a escolha para vereador e, em seguida, para prefeito. O número para vereador é composto por cinco dígitos, e para prefeito dois dígitos.

O TSE orienta que os eleitores confiram o número, as fotos, os nomes do candidato e do vice e a sigla do partido. Se estiver tudo correto, é só clicar no botão “Confirma”.

Números dos candidatos à prefeitura de Goiânia

Adriana Accorsi (PT) – Número 13 Fred Rodrigues (PL) – Número 22 Mabel (União) – Número 44 Matheus Ribeiro (PSDB) – Número 45 Professor Pantaleão (UP) – Número 80 Rogério (Solidariedade) – Número 77 Vanderlan Cardoso (PSD) – Número 55

Edição: Rodrigo Chagas

22
 
 

Mais de 410 mil eleitores estão aptos a votar na eleição municipal deste domingo (6) em Florianópolis (SC). Eles poderão escolher o próximo prefeito da cidade entre nove candidatos. A capital catarinense tem 140 locais de votação distribuídos em três zonas eleitorais. Confira abaixo, por ordem alfabética, os números que poderão ser digitados na urna eletrônica para escolher o próximo prefeito.

Os eleitores também irão registrar na urna o voto para a câmara municipal. Para saber os números dos candidatos a vereador, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza o site DivulgaCandContas.

Na plataforma, o eleitor deve procurar pela região do país, marcar o estado e, depois, a cidade. Em seguida, basta escolher o cargo “Vereador” e estará disponível a lista com o nome e o número de todos os candidatos. Em Florianópolis, são 308 concorrentes para 23 vagas na Câmara Municipal.

Na hora de registrar o voto na urna, primeiro deve-se digitar a escolha para vereador e, em seguida, para prefeito. O número para vereador é composto por cinco dígitos, e para prefeito dois dígitos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) orienta que os eleitores confiram o número, as fotos, os nomes do candidato e do vice e a sigla do partido. Se estiver tudo correto, é só clicar no botão “Confirma”.

Números dos candidatos à prefeitura de Florianópolis

Brunno Dias (PCO) – Número 29 Carlos Muller (PSTU) – Número 16 Dário (PSDB) – Número 45 Lela (PT) – Número 13 Marquito (Psol) – Número 50 Mateus Souza (PMB) – Número 35 Pedrão (PP) – Número 11 Portanova (Avante) – Número 70 Topázio (PSD) – Número 55

Edição: Rodrigo Chagas

23
 
 

Cerca de 1 milhão de eleitores estão aptos a votar no primeiro turno das eleições municipais em Belém (PA) neste domingo (6). O município tem dez zonas eleitorais com 368 locais de votação. Nove candidatos estão na disputa pela prefeitura da capital paraense. Confira abaixo, por ordem alfabética, os números que poderão ser digitados na urna eletrônica para escolher o próximo prefeito.

Nas 3.012 urnas espalhadas pela cidade, os eleitores deverão escolher, além do prefeito, um representante para a câmara municipal. Para saber os números dos candidatos a vereador, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza o site DivulgaCandContas.

Na plataforma, o usuário deve procurar pela região do país, marcar o estado e, depois, a cidade. Em seguida, basta escolher o cargo “Vereador” e estará disponível a lista com o nome e o número de todos os candidatos. Em Belém, são 583 concorrentes para 35 vagas na câmara municipal.

Também é importante saber a ordem para registrar o voto na urna. Primeiro deve-se digitar a escolha para vereador e, em seguida, para prefeito. O número para vereador é composto por cinco dígitos, e para prefeito dois dígitos.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) orienta que os eleitores confiram o número, as fotos, os nomes do candidato e do vice e a sigla do partido. Se estiver tudo correto, é só clicar no botão “Confirma”.

Números dos candidatos à prefeitura de Belém

Delegado Eder Mauro (PL) – Número 22 Delegado Eguchi (PRTB) – Número 28 Edmilson Rodrigues (PSOL) – Número 50 Igor (MDB) – Número 15 Ítalo Abati (Novo) – Número 30 Jefferson Lima (Podemos) – Número 20 Raquel Brício (UP) – Número 80 Thiago Araújo (Republicanos) – Número 10 Well (PSTU) – Número 16

Edição: Rodrigo Chagas

24
 
 

De acordo com o ranking de doadores e fornecedores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até esta quinta-feira (3), a Facebook Serviços Online do Brasil é a empresa que mais recebeu recursos das campanhas eleitorais para as eleições municipal deste ano, superando os R$ 76 milhões. Em fevereiro deste ano, o TSE publicou a Resolução nº 23.732/2024, em que estabelece a proibição de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga na internet, exceto o impulsionamento de conteúdos nas redes sociais.

Essa medida, segundo Renata Mielli, coordenadora do Comitê Gestor da Internet (CGI), acabou produzindo uma concentração dos recursos de campanha em poucas empresas estrangeiras que operam essas plataformas, como o Facebook, de propriedade do bilionário estadunidense Mark Zuckerberg. Mieli acredita que há uma mudança de padrão na publicidade eleitoral desde o surgimento das redes sociais que precisa ser regulada e observada pelo Estado, no sentido de impedir que esse novo ambiente de discussão seja um território sem lei.

"Veja, o Google está passando por uma um debate na Suprema Corte dos Estados Unidos por monopólio de recebimento de publicidade. Nesse momento histórico, o Google está sendo alvo de um de uma discussão da Suprema Corte pelo nível de concentração de anúncio publicitário que está se dando em torno de uma única empresa", lembra a especialista.

Mais que a concentração dos recursos, Mielli chama a atenção para a qualidade do debate público que acontece nesses ambientes digitais, sobre os quais há uma total falta de controle e transparência quanto à entrega dos serviços contratados. "Quem é que controla para quem o conteúdo que está sendo impulsionado? Qual o controle que nós temos de que esse conteúdo está sendo entregue de fato, dessa maneira, para essas pessoas? Nós não temos esse controle". argumenta.

Mielli critica o desenho normativo elaborado pela Justiça Eleitoral que, diante da ausência de uma regulação mais ampla dessas plataformas de mídias digitais, favorece grandes corporações estrangeiras, em detrimento das empresas brasileiras.

"De acordo com as regras eleitorais, a propaganda na internet é proibida, excetuando o impulsionamento e a publicidade nas plataformas digitais, o que traz uma vantagem desproporcional para essas big techs. Ou seja, por que os grandes jornais ou os grandes portais de meios de comunicação brasileiros não podem receber também publicidade eleitoral, de acordo com as regras que estão estabelecidas?", questiona.

"Estamos legalmente estabelecendo que o debate público sobre eleição na sociedade brasileira se dá no ambiente de plataformas digitais estrangeiras. É essa escolha que a sociedade e as instituições estão fazendo, sendo que as instituições e a sociedade poderiam apostar numa distribuição desses recursos em plataformas nacionais para mudar o ambiente de discussão", critica, em referência às resoluções adotadas pela Justiça Eleitoral na regulação da propaganda digital.

Na campanha de 2024, os partidos tiveram à sua disposição R$ 4,9 bilhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), aprovado pelo Congresso Nacional. Além disso, somaram mais R$ 270 milhões em recursos próprios, e outros 763 milhões em doações e ações de arrecadação, totalizando quase R$ 6 bilhões (R$ 5.995.676.680,74) para as campanhas municipais, de acordo com o TSE.

Edição: Thalita Pires

25
 
 

Ilha Comprida, paradisíaco município do litoral sul de São Paulo, é aparentemente pacata com seus pouco mais de 13 mil habitantes e enorme beleza natural. No entanto, com a chegada das eleições municipais, a suposta tranquilidade deu lugar à tensão devido a denúncias de violência política.

O caso mais recente ocorreu há cerca de um mês, quando Cristiano Di Giovani, candidato do PT a vice-prefeito, foi agredido e ameaçado na porta de casa e na frente da esposa e dos filhos horas após denunciar uma suposta irregularidade da prefeitura durante entrega de cestas básicas no dia 3 de setembro. Cristiano é o vice da chapa de Milton Furacão (PT).

O cenário de violência política é potencializado pelo fato de a cidade possui mais eleitores do que habitantes. O fenômeno, que se repete em outras 568 pequenas cidades brasileiras, costuma acompanhar registros de turismo eleitoral, partidos de fachada, compra de votos e a formação de coronelatos locais.

Sassá Tupinambá (Psol), outro candidato de esquerda à Prefeitura de Ilha Comprida, contou que há relatos sobre chegada de eleitores que não residem na cidade no dia das eleições, com ônibus fretados vindos de regiões do interior de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. "Esse movimento levanta sérias suspeitas sobre a legitimidade do processo eleitoral. Soubemos de endereços que têm de 10 a 30 títulos eleitorais registrados", disse.

Pela direita, concorrem a atual prefeita Maristela Cardona (Republicanos), que assumiu o cargo após Geraldino Júnior (PL) ter seu mandato cassado em julho; Rodrigo Giz (Podemos); e Ric Ragni (PL), filho de Márcio Ragni, primeiro prefeito da cidade, e tem Mara Ventura como vice. Ela é esposa de Décio Ventura, o homem apontado como o principal articulador do grupo político hegemônico local.

Distribuição de cestas básicas sem projeto alimentar

Alessandra Di Giovani, presidente do diretório municipal do PT e esposa de Cristiano, o candidato a vice que foi atacado, contou sobre a distribuição de cestas relizada pela Prefeitura de Ilha Comprida em período eleitoral.

"Eles [a chapa da atual prefeita] receberam 500 cestas básicas do governo do estado. O Tarcísio de Freitas (Republicanos) é uma espécie de padrinho político das candidaturas. Pela lei, podem fazer essa distribuição de cestas básicas, mas precisam de um projeto alimentar para tal. O problema é que fizeram a entrega aleatoriamente e nós fomos ao local para denunciar", narrou

"O Milton filmou à distância, eu e o meu marido [Cristiano] também estivemos lá. Quando questionei quem era o responsável pelo projeto, a servidora respondeu: 'Sou eu, por quê? A senhora quer uma cesta básica? Vá ao fim da fila'. Eu disse que não, que só queria informações sobre o projeto alimentar, e aí ela começou a ser hostil comigo", completa Alessandra, acrescentando que gravaram a ação e seguiram para a delegacia registrar um boletim de ocorrência contra a atual administração. "Também encaminhamos o caso para o Ministério Público."

Em um áudio enviada a grupo de WhatsApp que reúne petistas e psolistas, Milton critica Maristela: "Não sabemos se é candidata ou prefeita". Na mesma mensagem, ele anunciava que a denúncia sobre a distribuição irregular das cestas básicas foi encaminhada para a Justiça Eleitoral.

"Sua campanha está usando os serviços básicos que a prefeitura têm de prestar para a população para fazer vídeos. Em 3 de setembro, estavam sendo distribuídas cestas básicas do governo do estado de forma eleitoreira, caracterizando um crime eleitoral, pois não havia critérios mínimos de triagem. Só se pode distribuir cestas básicas desta maneira quando é declarado estado de sítio ou calamidade pública. De outra forma, deve-se levar em consideração as condições dos beneficiados", argumenta o candidato do PT. O episódio violento ocorreu horas depois da denúncia.

Agressão e ameaça

"A distribuição das cestas ocorreu de manhã. De tarde, fomos para Iguape [cidade vizinha], onde levei meus filhos para estudar música. Quando retornei, já ia sair com toda a família de novo. Minha casa é um sobrado e eu subi com os meus filhos só para pegar um casaco para eles", relata Alessandra. "Quando eu voltei, o rapaz já estava no portão. Ele é funcionário público e estava armado. Eu consegui controlar a situação, apesar de ele estar muito alterado."

Cristiano, que não quis falar à reportagem, esperava a esposa e os filhos no carro quando viu o homem tocar a campainha da casa. Ele trabalha com conserto de equipamentos de refrigeração e disse ter pensado ser um possível cliente. Desceu do carro e foi perguntar se poderia ajudar. Ao constatar que era Cristiano, o homem lhe desferiu um soco no rosto e sacou a arma.

"O indivíduo voltou a ameaçar o declarante afirmando que se registrasse a ocorrência 'iria matá-lo'. Posteriormente, [Cristiano] ficou sabendo que o indivíduo teria passado na oficina de seu amigo Milton Furacão, onde ficou sabendo do endereço do declarante, sendo que o amigo informou ter acreditado que o mesmo o estava procurando para prestação de serviços", diz um trecho do boletim de ocorrência.

"Quando eu flagrei a cena, o cara se assustou, colocou a mão para trás e eu não vi a arma. Perguntei se ele estava armado, e ele confirmou. Mas guardou o armamento na cintura ou em algum bolso", disse Alessandra. "Meu filho de 10 anos, que é autista, e a minha filha, de 15, presenciaram tudo. Eu tentei acalmar todos os envolvidos: as crianças, o homem alterado e o meu marido que estava bravo por ter levado o soco."

O agressor, já identificado pela Polícia Civil conforme consta no boletim de ocorrência, teria ido tirar satisfação com o casal pelo que considerou falta de respeito com os servidores públicos, que foram chamados de 'criminosos' por Cristiano no ato das denúncias. A reportagem obteve o vídeo gravado pelos petistas e, nas imagens, é possível observar as trocas de farpas e acusações entre os opositores e os servidores que faziam a distribuição das cestas.

Durante a gravação, Cristiano expressou sua revolta com o que considerou uso eleitoral das cestas básicas. Os servidores, ofendidos com a agressividade, retrucaram que ele estaria contrário à distribuição de alimentos em si. E assim ocorreu o bate boca. No vídeo, não aparece nenhuma agressão física. Alessandra explica que a denúncia feita às autoridades é contra a prefeitura, e não contra os servidores.

Ainda que tenha contornado a situação e convencido o homem a ir embora, o casal registrou a ocorrência na Delegacia de Polícia de Ilha Comprida e o caso foi remetido à promotoria da cidade vizinha Iguape para investigação dos acontecimentos.

Enquanto isso, Alessandra arrisca uma análise acerca do episódio: "Qualquer tipo de violência, seja física ou psicológica na política tem um impacto devastador sobre a sociedade, atingindo diversos níveis. Mina a democracia, desestimula a participação popular e gera um ambiente de medo e repressão. Quando figuras políticas ou ativistas sofrem agressões físicas, o debate público deixa de ser conduzido por argumentos e ideias, passando a ser dominado pela intimidação e pelo uso da força".

"A longo prazo, as diversas violências podem levar à erosão dos valores democráticos, criando uma cultura de impunidade e perpetuação da violência. O resultado é uma sociedade mais dividida, menos participativa e com uma sensação crescente de insegurança, que impede o desenvolvimento saudável de processos democráticos e sociais", finalizou.

A reportagem entrou em contato com Maristela e pediu seu posicionamento sobre a acusação da oposição acerca da distribuição de cestas básicas em 3 de setembro, mas a prefeita não retornou até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para a manifestação da candidata.

Perseguição

"Fui intimidada e não gostaria que entrassem detalhes da história que possam me identificar. Aqui há uma perseguição muito grande", disse Ana Carolina*, outra vítima de violência política na cidade litorânea. Ela é uma pessoa envolvida com a vida pública de Ilha Comprida e apoia candidaturas que fazem oposição ao grupo que detém a hegemonia da política local.

Segundo seu relato, compareceu a um evento público em agosto e cobrou pessoas ligadas à prefeitura sobre a falta de transparência no processo eleitoral. "Tentaram calar a minha boca com o jurídico deles, mas respondi com diplomacia. Foi uma conversa diplomática, apesar das perguntas capciosas que me faziam. O problema é que havia lá um homem, da direita, que já me perseguia na cidade", detalhou.

Após o término do embate no evento público, ela foi para casa. "Quando cheguei, tinha um carro preto parado na rua bem em frente à minha casa, com os faróis baixos, apontando para dentro. Chovia bastante e enquanto um parente meu abria o portão, e demorava um pouco, o veículo subiu os faróis e eu fiquei em pânico. Quando abriu o portão, eu entrei e fiquei escondida. Falei ao parente: 'Se esse carro for embora agora que a gente entrou, ele está aqui para nos intimidar'. Foi dito e feito", narrou.

"Isso é uma cultura aqui na cidade para falar a verdade. Quem bater de frente com a política local acaba sendo alvo desse tipo de intimidação. Então o pessoal tem medo de intimidação, de perder o emprego etc. É uma forma de perpetuarem essa política", concluiu, reiterando que seu caso não é isolado.

Mais eleitores do que habitantes

Antes parte de Iguape, Ilha Comprida foi emancipada em 1992 e, até hoje, o seu cartório eleitoral é dividido com o município vizinho. De acordo com o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022, a população da cidade é de 13.436 habitantes. No entanto, segundo dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fornecidos pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), o município possui 13.538 títulos eleitorais registrados. Moradores ouvidos pela reportagem afirmam que a diferença já foi muito maior.

De acordo com o site oficial da prefeitura, a população estimada para 2024 é de 13.955 pessoas, o que ultrapassaria o número de eleitores. Mas, ainda assim, extrapola o parâmetro estabelecido pelo TSE sobre o que pode ser considerado 'dentro da normalidade'. Em teoria, a oposição pode até pedir que seja feita uma revisão do eleitorado na cidade.

"Tem gente que diz que muitos desses eleitores a mais seriam pessoas que têm sua segunda residência aqui, casas de veraneio, e que teriam escolhido votar em Ilha Comprida", afirmou Sassá Tupinambá, candidato a prefeito pelo Psol. "Mas, veja, aqui no litoral paulista é comum que haja muita gente nessa condição em cidades como Guarujá, Mongaguá, São Sebastião, Ilha Bela e tantas outras repletas de casas de veraneio. Mas só em Ilha Comprida encontramos essa disparidade. Proprietários de imóveis virem votar aqui não justifica o número de eleitores ser maior que a população."

Segundo o artigo 104 da Resolução 23.659/2021 do TSE, a revisão do eleitorado poderá ser determinada quando comprovada fraude que possa vir a comprometer a rigidez do cadastro eleitoral. E um dos pré-requisitos para que se peça essa revisão de ofício está no fato de uma cidade ter o eleitorado superior a 80% da população projetada para aquele ano pelo IBGE. Em Ilha Comprida, o coeficiente está em mais de 97% levando em conta a população estimada para este ano e divulgada pela prefeitura.

Outras cidades com mais eleitores que habitantes

Em 28 de agosto, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Águas Rasas em Estebão Veloso (PI), justamente pelo fato de a cidade ter mais eleitores que habitantes: são 275 eleitores além da população de 13,6 mil pessoas. As denúncias que ensejaram a abertura das investigações apontam para possíveis fraudes envolvendo um candidato a vereador.

Meses antes, em abril, uma outra operação da PF com semelhante motivação atingiu o município de São José do Ribamar (MA). Segundo as investigações, um recrutador aliciava moradores de cidades vizinhas e os levava pessoalmente até o cartório eleitoral para que fizessem a transferência de domicílio eleitoral. O objetivo era beneficiar candidaturas com um acréscimo de votos.

Na sequência, a investigação chegou a Paço do Lumar, também no Maranhão, e novas operações semelhantes começaram a pipocar pelo país, como a Voto Certo, que cumpriu mandados de busca e apreensão em Nova Castilho, no interior de São Paulo, com seus 1.062 moradores e 1.230 eleitores.

Em maio, a Operação Endereço Certo da PF mirou o município de Guaratuba, no litoral do Paraná. Na ocasião, era investigada a transferência de eleitores de Garuva (SC). Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão.

Segundo o Censo 2022 do IBGE, entre 2020 e 2022, houve um aumento considerável de cidades com essa característica, saindo de 493 para 569 em todo o país. Em alguns casos, a diferença pode chegar a 100%.

Em Assunção (PI), diversos partidos locais denunciaram à Justiça Eleitoral o que consideraram um aumento desproporcional do número de eleitores no último ano. A cidade de 7.452 habitantes e 7.906 eleitores registrou 750 transferências eleitorais entre 2023 e 2024, totalizando 10% do eleitorado.

Critérios para pedido de revisão de eleitorado

De acordo com a resolução do TSE, além do coeficiente de 80% entre moradores e eleitorado, há outros dois critérios para que seja pedida a revisão do eleitorado. Um deles aponta que o total anual de transferências eleitorais não pode ser superior a 10% do eleitorado da cidade. O caso de Assunção (PI) cumpre os dois requisitos.

Segundo os advogados Wallyson Soares e Samuel dos Anjos, que acompanham os desdobramentos do caso de Assunção, a Justiça Eleitoral também pode determinar a correição do eleitorado se houver indícios de fraudes nas transferências, como as investigadas pela PF.

"Muitos eleitores teriam conseguido transferências de títulos apresentando apenas notas fiscais de compras para comprovar vínculo com o município, além de declararem residência sem de fato viverem na cidade, caracterizando falsidade ideológica, crime previsto no artigo 350 do Código Eleitoral", dizem os advogados em nota enviada à reportagem.

Segundo apontam os profissionais, o crescimento no número de eleitores acima dos padrões também levanta suspeitas sobre a ação de grupos interessados em atrair eleitorado para cidades pequenas, com pouca visibilidade e, assim, evitar investigações que apurem possíveis formações de currais eleitorais nesses municípios.

*Raphael Sanz é jornalista, escritor e músico independente.

*O nome foi alterado para preservar a identidade da fonte

Edição: Martina Medina

view more: next ›