this post was submitted on 22 Oct 2024
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Nordestinos

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Em meio à intensa disputa pelo segundo turno das eleições municipais em Fortaleza, 14 líderes de igrejas evangélicas lançaram um manifesto solicitando que os templos não sejam usados como palanques políticos. O documento, intitulado “Proclamação Pela Integridade do Evangelho Durante as Eleições Municipais de Fortaleza”, foi publicado neste final de semana e busca reafirmar a neutralidade das instituições religiosas.

O manifesto utiliza versículos bíblicos para destacar que a missão da igreja transcende os interesses terrenos. Um dos versículos citados é “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mateus 22:21), enfatizando a separação entre as esferas espiritual e política. Os pastores reconhecem que é válido utilizar princípios da fé na escolha de candidatos, mas alertam contra o uso do nome de Cristo para fins políticos. Eles afirmam que o Evangelho não deve ser reduzido a uma ideologia de esquerda ou direita, e que a escolha de governantes deve ser feita com discernimento e oração, sem atribuir características divinas ou demoníacas aos candidatos.

Entre os signatários do manifesto estão o pastor Costa Neto, fundador da Comunidade Cristã Videira, e o pastor Sandro Fiúza, um dos idealizadores do documento. Ambos reforçam que não são contra a política, mas defendem que as igrejas devem se manter apartidárias. “De forma nenhuma somos contra a política, ela faz parte do dia-a-dia de todos nós e, como igrejas, somos atores importantes. Mas acreditamos que as igrejas não devem se partidarizar, pois temos nas nossas comunidades as mais diversas correntes políticas”, afirmou o pastor Costa Neto.

O manifesto também critica qualquer uso do Evangelho e da posição de liderança religiosa como instrumento de pressão política. “Somos livres para exercer nossa cidadania celestial e terrena. Nossa intenção é trazer uma reflexão sobre essa situação”, acrescentou um dos pastores.

Os líderes enfatizam que, embora cada cristão tenha liberdade de escolha nas eleições, os púlpitos não devem ser utilizados como instrumentos de apoio partidário ou eleitoral. “Nossos altares são sagrados e não podem ser comercializados, pois a missão do Reino de Deus transcende qualquer sistema político ou eleição”, afirmam. Eles encorajam os cristãos a orarem pelos candidatos e pelas autoridades, sem transformar os púlpitos em ferramentas de barganha eleitoral.

Leia o manifesto na íntegra:

PROCLAMAÇÃO PELA INTEGRIDADE DO EVANGELHO DURANTE AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE FORTALEZA EM 2024

Nós, líderes evangélicos, movidos pelo desejo de honrar a Palavra de Deus e proteger a santidade do Evangelho, expressamos profunda preocupação com a crescente politização dos templos e do cristianismo no contexto das eleições em Fortaleza. Nossa fé em Cristo e a missão da Igreja estão acima de qualquer movimento ou interesse terreno, e assim desejamos recordar o que a Bíblia ensina sobre essa questão.

Jesus Cristo, nosso Senhor, declarou de forma clara: “Meu reino não é deste mundo” (João 18:36). Essa verdade nos faz lembrar que o Evangelho que pregamos visa a salvação das almas e a transformação dos corações, não a tomada de poder político ou a promoção de agendas humanas. Ao seguirmos o exemplo de Cristo, devemos zelar para que nossos altares permaneçam focados na pregação do amor, da justiça e da esperança, e não se tornem palanques de campanhas eleitorais.

A Escritura também nos orienta quanto ao papel da Igreja e do cristão em relação às autoridades e ao governo. Jesus disse: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mateus 22:21), reafirmando a separação entre o papel espiritual da Igreja e os assuntos do governo. Em Romanos 13:1, o apóstolo Paulo nos lembra que “não há autoridade que não venha de Deus”, e por isso devemos respeitar as autoridades constituídas, sem contudo misturar o sagrado com o profano.

Reconhecemos que é lícito ao evangélico se interessar pela política, formar seu convencimento acerca do melhor candidato ou até mesmo buscar cargos públicos, pois estamos sob um regime democrático que permite essa participação. No entanto, a Escritura também nos alerta contra a tentação de usar o que é santo para interesses terrenos. O profeta Ezequiel advertiu contra aqueles que “profanam meu santo nome entre o povo” (Ezequiel 36:20), e Jesus foi claro ao condenar a comercialização do templo ao expulsar os mercadores do Templo de Jerusalém, afirmando: “A minha casa será chamada casa de oração, mas vós a tendes transformado em covil de ladrões” (Mateus 21:13).

Queremos destacar com clareza: o Evangelho do Senhor jamais será de esquerda ou de direita. Ele não serve aos interesses de ideologias políticas. Só existe um Santo dos Santos, Jesus Cristo de Nazaré, o único digno de nossa adoração e fidelidade. Não há candidato enviado por Deus e nem pelo Inferno. A escolha de nossos governantes deve ser feita com responsabilidade e oração, mas jamais devemos atribuir caráter divino ou demoníaco a qualquer candidato, pois isso é distorção da fé.

Neste manifesto, reafirmamos que cada cristão tem a liberdade de escolher seus representantes, ou mesmo de se candidatar, conforme sua consciência e fé em Cristo. Todavia, insistimos que os púlpitos não sejam utilizados como instrumentos de apoio partidário ou eleitoral. Nossos altares são sagrados e não podem ser comercializados, pois a missão do Reino de Deus transcende qualquer sistema político ou eleição.

A fé cristã é diversa e multiforme, com muitas denominações e interpretações teológicas. Assim, é essencial que mantenhamos o respeito por essas diferenças e evitemos impor a uma congregação inteira a preferência política de um ou outro líder. A unidade da Igreja deve se manter no Evangelho e não nas escolhas eleitorais. Queremos encorajar todo cristão a orar pelos candidatos e pelas autoridades, mas sem jamais fazer do púlpito uma ferramenta de barganha eleitoral.

Que o Senhor nos dê sabedoria para discernir o tempo em que vivemos, nos capacite a manter a integridade da fé, e nos ajude a preservar a santidade dos templos como lugares de adoração, intercessão e pregação do Evangelho. Oramos para que o Reino de Deus continue sendo nossa principal busca, e que as eleições não obscureçam nossa verdadeira missão: anunciar o nome de Jesus Cristo e sua obra redentora.

“Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33).

Subscrevem este manifesto, Pastores Comprometidos com a Integridade do Evangelho.

Pastor Carlos Queiroz Pastor Costa Neto Pastor Edson Araújo Pastor Eraldo Feitosa Pastor Glauber Menezes Pastor Grijalba Miranda Pastor Israelito Almeida Pastor Kennedy Moura Pastor Marcílio Damasceno Pastor Osires Junior Pastor Paulo Maurício Pastor Pedro Fernandes Pastor Sandro Fiuza Pastor Thales Lucena

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[–] [email protected] 3 points 3 weeks ago (1 children)

@NoahLoren eu comecei perceber que estava sendo manipulado na igreja quado o ministerio mandou o nosso pastor ceder um culto exclusivo para apresentar um candidato ligado a igreja.

[–] [email protected] 3 points 3 weeks ago

Eles fazem esse tipo de coisa faz muito tempo. Na minha região quem estava fazendo isso em 2022 era um padre... O candidato dele perdeu e as pessoas foram fazer carreata na porta dele - Me disseram.